
Choque térmico: um dos grandes perigos do verão
Entrar em um ambiente com ar-condicionado potente após uma caminhada na rua embaixo de um sol escaldante de verão é sensação de alívio na certa. Mas, se submeter a variações abruptas de temperatura pode trazer riscos à sua saúde. São os perigos do choque térmico. Uma situação bastante comum e que traz alterações da pressão arterial nesse processo.
Devido a mecanismos de circulação em vasos periféricos e centrais, a pressão sanguínea tende a cair quando a pessoa sai de um ambiente frio para o quente. Nesse caso, pessoas que já têm hipotensão podem ter a condição acentuada e sentir sintomas como mal estar e vertigem.
Já, em contrapartida, a pressão costuma aumentar quando o choque térmico é do quente para o frio. Assim, quem sofre de hipertensão pode ficar com a pressão ainda mais alta, o que eleva o risco de acidentes vasculares cerebrais e de outros problemas relacionados a picos hipertensivos.
Os choques térmicos podem levar a pessoa a ter desde arritmias cardíacas, passando a alterações pulmonares no ritmo da frequência respiratória, problemas na frequência cardíaca e até alterações metabólicas. As crianças e os idosos são mais propensos a sofrer essas variações, pois têm seus mecanismos de adaptação da pressão ainda em formação ou já desgastados, respectivamente.
O choque é interpretado pelo corpo como um estresse sofrido pelo organismo, levando a uma série de alterações na cadeia metabólica como, por exemplo, a liberação de citocinas, causando febre ou até mesmo gerando baixa imunidade.
Como se cuidar:
– Evite a exposição prolongada ao sol. Beber líquido com frequência é fundamental.
– Na rua: use roupas claras e leves que deixem o suor evaporar e se proteger do sol o máximo possível.
– Na praia e na piscina: o ideal é molhar pulsos, pés e rosto antes de mergulhar na água gelada;
– Com o ar-condicionado: regule o aparelho para a temperatura de 21 graus, que é agradável e fará com que a transição do quente para o frio seja menos impactante;
– É importante não ingerir alimentos muito gordurosos e procurar consumir mais frutas e mais verduras (que melhoram a homeostase, ou seja, o equilíbrio do seu organismo);